O investimento em tecnologias como softwares, inteligência artificial (IA) e plataformas de telemedicina no setor de saúde tem se expandido globalmente, tornando-se um diferencial estratégico para instituições que buscam melhorar a sua rentabilidade.

Segundo o relatório “O ROI da IA Generativa”, do Google Cloud, 74% das empresas que utilizam essa tecnologia alcançam retorno em menos de um ano, e 86% relatam um aumento de receita de 6% ou mais. Esses dados reforçam o impacto positivo da IA, especialmente em setores complexos como o da saúde.

Ao considerar a adoção de uma nova tecnologia no ambiente de trabalho, é natural que o custo inicial pareça alto e até cause preocupação. No entanto, dentro de uma empresa, existem métricas objetivas para avaliar se o investimento em uma tecnologia realmente vale a pena, independentemente do seu valor. Antes de classificar um projeto como caro ou barato, o mais importante é calcular o Retorno sobre o Investimento (ROI), pois nenhum investimento é excessivo se o retorno gerado for significativamente maior e se o valor investido for recuperado rapidamente, trazendo benefícios que superem os custos iniciais.

Como avaliar se a adoção de uma tecnologia alcançou o retorno esperado?

Assim como você investe seu dinheiro para obter retorno, as empresas também precisam investir o seus recursos para melhorar seus resultados. O ROI é uma métrica utilizada para avaliar a eficiência e a rentabilidade de um investimento. Ele calcula o retorno obtido em relação ao custo de um investimento, ajudando a determinar se o valor gasto em determinado projeto ou tecnologia justifica os benefícios financeiros que ele traz.

O retorno do investimento em tecnologias se traduz principalmente no aumento da lucratividade, que pode ser impulsionado tanto pela elevação da produtividade quanto pela redução de perdas, sendo este último um fator crucial no setor de saúde.

Cálculo do ROI

A fórmula básica para calcular o ROI é:

Exemplo: Se uma empresa investe R$ 100.000 em um novo sistema de tecnologia e, ao final, o retorno obtido é R$ 150.000, o ROI será:

Isso significa que o retorno sobre o investimento foi de 50%, ou seja, a empresa obteve 50% a mais do que o valor investido.

Por que é importante calcular o ROI?

• Priorização de investimentos: Investimentos que oferecem maior ROI devem ser priorizados. O cálculo do ROI auxilia os gestores a tomar decisões estratégicas ao demonstrar o impacto e a relevância de cada projeto.
• Definição de metas realistas: O ROI permite uma análise objetiva das metas, garantindo que sejam baseadas em informações concretas. Metas claras e alcançáveis aumentam as chances de sucesso do investimento.
• Tomada de decisões rápidas e assertivas: No setor de saúde, a agilidade na tomada de decisões é fundamental. Um cálculo bem-feito do ROI evita indecisões e garante que os investimentos mais vantajosos sejam implementados rapidamente.
• Identificação de áreas de melhoria: Calcular o ROI ajuda a identificar perdas e investimentos com retorno abaixo do esperado, permitindo corrigir falhas e ineficiências.
• Redução de Riscos: o cálculo do ROI ajuda a entender melhor os riscos de cada investimento, permitindo tomar decisões informadas e minimizar perdas financeiras.

Erros Comuns no Cálculo do ROI em Tecnologias – Por que seu retorno não sai como o planejado?

• Desconsideração de todos os custos envolvidos: Muitos gestores focam apenas no custo inicial da tecnologia, ignorando despesas com manutenção, treinamento, suporte técnico e mudanças na cultura organizacional. Um cálculo preciso exige experiência para identificar todas as variáveis e impactos reais do projeto.
• Ignorar benefícios intangíveis: Melhorias na experiência do paciente, segurança de dados e redução de erros médicos podem ser difíceis de quantificar, mas impactam diretamente a reputação e a eficiência da instituição.
• Interpretação errada dos resultados: Nem sempre um percentual aparentemente baixo significa um investimento ruim. Pequenas reduções de custos já representam ganhos relevantes em um setor com margens reduzidas ou volumes de faturamento elevados.
• Falta de comparação do “antes” e “depois” da implementação: Sem dados comparativos, fica difícil comprovar melhorias em eficiência e qualidade.
• Definição de metas irrealistas para “forçar” um ROI melhor: Estabelecer metas inalcançáveis pode frustrar a equipe e comprometer a execução do projeto.
• Ignorar o impacto na adoção e curva de aprendizado: A resistência dos profissionais e o tempo necessário para adaptação podem retardar o retorno esperado, exigindo planejamento e acompanhamento adequados.

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